quinta-feira, 7 de agosto de 2014

"A vida é você acontecendo"


Há alguns meses atrás, uma pessoa com quem eu costumava conversar muito perguntou se eu tinha medo de morrer. Parei alguns minutos pra pensar, e respondi que não tinha. 
Lembro que naquele momento realmente não tinha medo de morrer. Acreditava, e ainda acredito, que a morte é algo bastante natural e todos passaremos por isso. "A dívida que todos os homens pagam", como ouvi dizerem em um filme que gosto muito. Porém, voltando a pensar nessa pergunta, percebi que agora minha resposta tinha mudado - assim como muitas das minhas formas de pensar mudaram nesses últimos meses.
A questão é: sim, eu tenho medo de morrer. Ainda vejo como uma coisa natural, e apesar de ás vezes me pegar odiando tanto a vida, não quero morrer. Tenho aproveitado muito tudo a minha volta. O tempo livre pra fazer o que gosto, meus pais, minha família em geral e os momentos que passamos juntos, meus amigos, os lugares que frequento com eles, enfim, tenho aproveitado bem tudo que tem acontecido na minha vida, e por isso afirmo que tenho medo de morrer.
Sei que ainda tenho 18 anos, que a morte é inevitável mas odeio pensar que posso não ter tempo para aproveitar tudo que ainda desejo viver, os lugares que sempre me imaginei visitando, os lugares que pretendo um dia trabalhar, os sonhos que tenho tanta necessidade em realizar, tudo que um dia quero fazer e que vai me tornar a pessoa que sempre quis ser - e acredito ter sido até agora, em partes.
Comecei a pensar que cada dia que passa é um a menos, mas ao mesmo tempo, um a mais para tentar colocar em prática todas essas coisas. Por esse motivo, tomei uma frase do grande Carlos Drummond de Andrade como nova filosofia de vida: " Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade". É isso que tenho tentando fazer, e vou continuar fazendo, apesar de tudo e qualquer coisa.

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