quarta-feira, 23 de julho de 2014

Já é o chefão?

A vida é feita de fases. E isso todo mundo já sabe.
A fase que a gente odeia o ensino médio, a fase que tá na faculdade, a fase que odeia aquela disciplina maldita e não vê a hora do semestre acabar. A vida, literalmente, é composta de fases. Embora esperamos que algumas delas passem bem rápido, outras desejamos com todas as forças que durem para sempre, mas depois de ter lido uma carta antiga essa semana, percebi que, querendo ou não, todas as fases acabam. A vida acaba. É uma consequência.
Passei por algumas fases extremamente difíceis nesses últimos meses, e quando eu tentava me agarrar ao máximo nas coisas boas, uma delas acabou piorando completamente, e tive que ouvir aquela frase maldita "quando uma porta se fecha um janela se abre". Nunca acreditei nessa frase. Talvez agora eu tenha mudado de opinião. Talvez eu ainda precise vivenciar mais isso para que ela mude. 
A questão é que minhas janelas estavam fechadas, e a única coisa que ainda restava era uma porta aberta, uma porta daquela que fica nos fundos. E inesperadamente, como num tufão, o único lugar que ainda entrava luz se fechou pra nunca mais abrir. E quando eu achava que essa casa já era, e que teria - com muito custo - que construir uma nova, um tufão ainda mais forte levou embora todo o telhado dessa casa velha que seria destruída.
Provavelmente só eu entendi essa história da casa, mas a questão é que a porta que se fechou foi meu antigo estágio, e o telhado que saiu voando inesperadamente, quando as esperanças já tinham secado, é meu novo estágio. E eu consegui esse novo estágio, em um lugar incrível. 
Estava vivendo uma fase muito difícil - ainda estou - mas essa fase nova surgiu e tenho me agarrado nessa felicidade instantânea que ela gerou. 
A vida é boa. As fases são boas. Difíceis, mas boas. Rápidas, mas boas. Elas ficam, algumas não por tanto tempo como outras. Fases como no vídeo game, que quando você chega no chefão, enfrenta algo absurdamente complexo pra virar o jogo. O chefão no caso seria a morte, mas percebi que nem sempre. O chefão só serve pra lembrar que a vida é feita de fases, e que essas fases vão passar, vão se iniciar novamente, e assim vai indo, como num ciclo. O chefão não quer dizer o fim do jogo, quer dizer o recomeço.
Estou passando por um deles. Que venham os próximos.
E que eles também me tragam novas analogias, afinal, é de mim que estamos falando. Meu sobrenome é quase esse. 

domingo, 13 de julho de 2014

Na falta de palavra melhor...


Durante a madrugada sempre surgiram os meus melhores textos, mas mesmo que tenha perdido a "habilidade" com as palavras, os melhores pensamentos e analogias continuam surgindo durante a madrugada. Junto com a saudade. Na calada da noite a maldita consegue ter uma intensidade ainda maior.
Pois bem. 
Tudo isso e coisas mais (muito mais) me levaram a pensar que eu sempre vou desejar aquilo que não vou conseguir ter. Não tenho aquela simples facilidade em ir pelo caminho certo porque no final a situação convém. Não sou dessas pessoas. Pelo contrário, parece que meu subconsciente gosta dos caminhos difíceis, tortuosos, onde o sucesso se encontra na categoria "impossível".
Provavelmente a maioria dos seres humanos está nessa categoria comigo.
Talvez a questão não seja nem querer o que não posso ter. Com certeza não. A questão é simplesmente querer algo difícil porque conquistar uma coisa fácil não resulta em tanto - na falta de palavra melhor - orgulho.
"Na falta de palavra melhor". Essa com certeza se tornou uma frase diária na minha vida. Talvez seja apenas isso. Buscar e não encontrar palavras pra tudo que tem acontecido. Não te trata de caminhos difíceis e escolher o que não se poder ter, afinal. Se trata apenas de palavras. Ou simplesmente a falta delas.